Você é um potinho cheio de si, e eu não caibo aí.
Os anos passaram e eu cresci, eu me expandi, eu me transformei... para assumir tudo que me cabia nessa vida entre a minha e tantas outras vidas que eu me propus a ajudar (que inclui principalmente aquelas que eu mesma gerei) eu virei lago, depois eu virei rio... eu virei um oceano de preocupações. E quanto mais me depositam, mais eu cresço e mais eu inundo o que está às minhas margens. E para estar do meu lado talvez seja necessário nadar muito bem (e nem sempre é o caso).
Mas eu insisto em querer entrar nesse seu potinho com tantos prêmios, tanto reconhecimento, tanta busca incessante por um sucesso. Parece que tem sempre um espacinho para receber um novo agrado, mas não tem um pra mim... quando eu tento me derramar em você é sempre água demais! E eu sei fazer um tsunami quando eu quero, porque eu não sei mais acalmar o mar revolto que tá inundando tudo ao meu redor e mesmo assim não te alcança dentro do seu potinho no topo de alguma montanha por aí.
E às vezes me dá saudade de ser aquele oceano calmo, que não fazia nem onda, que não tentava preencher espaço algum, que seguia seu rumo e encaminhava seus barcos ao destino... sob um lindo céu estrelado! Ah, que saudade que dá.
QUE ELE É UM POTE ATÉ AQUI DE MÁGOA.
E QUALQUER DESATENÇÃO,
FAÇA NÃO!
PODE SER A GOTA D'ÁGUA"
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